Imagens

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Jack Kerouac - poeta e escritor da geração beat ("Musa" inspiradora deste blog)

domingo, 17 de outubro de 2010

Muitas têm sido as personalidades intervenientes nas diferentes "impressões digitais" da mão humana que têm colocado um ponto final da sua vida de forma trágica recorrendo ao suicídio, seja directamente através de, por exemplo, um tiro na boca, ou indirectamente pelo uso de substâncias estupefacientes, consumo excessivo de álcool ou múltiplos devaneios considerados pelos ordinários como extra-regras/normas previamente estabelecidas e dissociados de uma "saudável vivência".
Os exemplos são mais que muitos, e encontrámo-los na literatura, música, cinema, pintura, etcetera.
Importa questionar o porquê de acto tão irracional - assinar um fim antecipado à existência pessoal - , uma vez que bastará viver a vida aguardando que a natureza da mesma trate de o realizar.
A resposta à questão é tudo menos simples. Os motivos no universo suicida são subjectivos e alargados. Mas, há um em especial que se ilumina em muitos dos suicidas; logo à partida facilmente identifica-se como uma "lâmpada numa sala escura privada de luz natural", e que em muitas das vezes, se não é a responsável directa, é pelo menos o factor primordial para este acto, ou seja, o ser social sente-se desenquadrado com a ordem regente, afastado pelos demais, não se identificando com o seu tempo nem com os restantes "actores" do seu meio. Encontrando a fuga para esta situação por vezes num acto abrupto, ou num lento e doloroso caminho morrendo dia a dia, hora a hora, e mais cedo ou mais tarde culminando numa overdose ou cirrose hepática. "Ele" prefere morrer do que assistir à ignomínia que diáriamente lhe atravessa a retina e esmaga todos os seus ideais como um "elefante numa sala repleta de objectos em cristal".
Pergunto-me por vezes, se valerá a pena vivermos como autómatos, ou acabar de uma vez por todas com o sofrimento que os "outros" com as suas acções ou inacções nos provocam. A resposta uma vez mais é difícil, complexa e perigosa, cabendo a cada um encontrá-la. Seja qual for a sua natureza, pelo menos que o seja dentro dos limites da dignidade humana.
Como exemplo do conteúdo deste "post" recordo a "alma amargurada" (Layne Staley) dos Alice in Chains (banda norte-americana), deixando aqui uma "pequena" homenagem póstuma.

2 comentários:

  1. Acto incompreensível para muitos, mas incompreensível para mim é como pode ser incompreensível para outros "esse motivo em especial que se ilumina em muitos dos suicidas".

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